segunda-feira, 19 de maio de 2014

Cinema: X-Men Dias de um Futuro Esquecido








O novo filme da franquia X-Men certamente será um sucesso, pelo menos no que diz respeito a bilheteria. Já em relação à crítica talvez o resultado não seja o mesmo.

Novamente a série dará bastante destaque ao personagem Wolwerine, o que já começa a ser um erro repetitivo dos roteiristas.

É evidente que os fãs de X-Men possuem bastante admiração pelo Wolwerine, mas essa overdose do personagem tende a ser desastrosa para série, pois não se pode ignorar a grande quantidade de personagens interessantes que sempre fizeram sucesso nos quadrinhos.

Além da enfase exacerbada do Wolwerine, os roteiristas também aparentam estar perdidos na cronologia dos filmes. Não me parece existir uma sequência coesa, apenas estão gravando o que acreditam que pode render mais financeiramente.

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido estreia nos cinemas dia 22 de maio, portanto o que nos resta é curtir esse lançamento, torcer para que os roteiristas coloquem a cabeça no lugar, pensem em uma sequência inteligente para os próximos filmes e lembrem que existem outros personagens além do Wolwerine.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Brasil, país das campanhas políticas milionárias





No Brasil existe a tendência de que o candidato que mais gasta na campanha, acabe sendo eleito. Isso demonstra o despreparo do eleitor para acompanhar os políticos e tomar uma decisão coerente na hora de votar.

Propaganda política apenas coloca em evidência o lado que o político quer mostrar ao povo, isso jamais deveria ser relevante no processo eleitoral, pois para um voto consciente se faz necessário um levantamento imparcial do histórico dos candidatos.

Considerando este triste cenário eleitoral, obviamente nossos políticos tentam tomar proveito da situação, gastando milhões em suas campanhas políticas e aumentando sua exposição.

Os gastos em campanhas políticas no Brasil são exorbitantes, um levantamento publicado pelo jornal O Globo aponta que neste ano será gasto algo em torno de meio bilhão de reais, fazendo do Brasil o país que mais gasta em campanha eleitoral do mundo com relação ao PIB.

O que mais preocupa nesta situação é a origem deste dinheiro, as campanhas eleitorais são financiadas na sua grande maioria por empreiteiras e instituições financeiras, que visam ter um retorno posterior em contratos milionários com o governo.

Fica cada vez mais evidente que a corrupção do candidato começa antes mesmo dele assumir o cargo. A partir do momento que se recebe doações gigantescas de empresas privadas, são realizados acordos verbais de favorecimento, desta maneira o político fica "devendo" para pagar a conta com dinheiro público após ser eleito.

Temos um processo eleitoral corrupto, não existe ética, muito menos transparência nas doações de campanha. É necessário que se tenha um teto nos gastos de campanha, além é claro de proibição de doações de empresas, para que assim, o processo seja mais democrático e menos corruptível.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Povo e Seleção, cada vez mais distantes




Por se tratar de ano de Copa do Mundo, muitos esperavam que em 2014 o povo brasileiro iria preparar uma grande festa para sua Seleção, porém quanto mais nos aproximamos da Copa, mais forte ficam as evidências de que o brasileiro não venera tanto à amarelinha como era antigamente.

Uma recente pesquisa da UniCarioca apontou que 45% dos entrevistados rejeitaram a possibilidade de torcer para Seleção Brasileira de Futebol nesta Copa do Mundo.

Para quem duvida de pesquisas, basta fazer uma simples comparação, busque na memória como o Brasil estava em 2010, 2006, 2002, 1998. Bastava sair de casa e já pudíamos observar bandeiras, ruas e comércios pintados, todo aquele sentimento patriota que o brasileiro tinha costume de associar ao time do Brasil. Isso não pode ser visto neste ano, não se percebe entusiasmo, ansiedade, e nem de longe o sentimento de patriotismo de outrora, diga-se de passagem, torcer para Seleção Brasileira e ser patriota são coisas bem distintas.

Já era esperado que houvesse rejeição à realização da Copa do Mundo no Brasil, isto devido à má organização, superfaturamento das obras, falta de investimento na infraestrutura, dentre outros fatores que levaram o brasileiro à enxergar com maus olhos o evento no país, porém, a Seleção era vista como uma situação à parte, ser contra a realização do evento, não significa ter que deixar de torcer para o time brasileiro.

Os jogadores convocados e o Técnico Felipão não têm responsabilidade nenhuma sobre à corrupção e incompetência do governo brasileiro. Então porque boa parte dos brasileiros passou a rejeitar à seleção?

Não existe uma resposta objetiva para esta questão, talvez seja um conjunto de fatores que levou à esse resultado.

Quem acompanha o futebol brasileiro de perto, certamente está descontente com à corrupção que assola à CBF, entidade que comanda o futebol brasileiro, e que lucra, e muito, com a seleção brasileira.

Para aqueles que não são fanáticos por futebol, e mesmo assim sempre acompanharam à amarelinha, demonstram insatisfação com à situação atual do país, e talvez para "chutar o balde" resolveram torcer contra os comandados do Felipão.

Certamente, existem outros fatores para acrescentar nesta lista, o fato é que, a política de "pão e circo" é cada vez menos eficaz em solo brasileiro, o entusiasmo fácil, perdeu lugar, para revolta demasiada.

sábado, 10 de maio de 2014

Cadê a liberdade de expressão?





Há muito tempo se ouve que no Brasil, existe liberdade de expressão, mas até onde essa afirmação é verdadeira?

Até que ponto estamos livres, para expressar de fato a nossa opinião?

A polêmica envolvendo a âncora do SBT Brasil, Rachel Sheherazade, me fez refletir sobre o tema.

Muito se discutiu sobre os efeitos da opinião da jornalista, à respeito dos recentes linchamentos, não pretendo entrar no mérito desta questão, porém, estão esquecendo que a jornalista foi amordaçada.

Após o comentário polêmico, o SBT sofreu pressão de políticos, grupos de direitos humanos e até mesmo de jornalistas, resultado, a emissora forçou a jornalista à entrar de férias e cortou os comentários pessoais dos âncoras do principal telejornal.

É evidente que não era a vontade da emissora de tomar tal atitude. O SBT tem tentado se consolidar na segunda colocação no jornalismo nacional e o formato do SBT Brasil estava dando muito certo, mas a pressão foi grande, a emissora foi ameaçada de perder R$ 150 milhões de verbas publicitárias da Caixa Econômica Federal, por isso acabou cedendo.

Existem muitos meios de praticar censura, o que estamos vendo no Brasil é que existe uma censura velada, muito diferente da que existia na ditadura militar, mas ainda existe.

É claro que todo formador de opinião deve tomar cuidado com a opinião que vai expressar, mas a partir do momento que a opinião desrespeitar os direitos de alguém, a justiça deve ser acionada, para que a pessoa seja punida dentro do rigor da lei.

O direito do jornalista e de qualquer cidadão comum de poder se expressar, deve ser assegurado, não podemos deixar que voltem a calar a imprensa brasileira, não podemos deixar que tirem de nós a possibilidade de ouvir todos os lados da história.